Salvador Dalí é considerado o pai do surrealismo, sendo até hoje um dos principais representantes do movimento. E não apenas a sua obra é excêntrica, como sua vida também seguiu um padrão bem parecido. Você conhece as obras de Salvador Dalí?
Seu nome inteiro é Salvador Dalí i Domènech, e ele nasceu apenas nove meses depois que seu irmão faleceu. Um fato curioso é que seus pais deram o mesmo nome para Salvador, afirmando que ele era uma reencarnação do irmão.
Salvador também tinha uma pequena irmã chamada Anna Maria, e como a família tinha boas condições financeiras, quando o artista completou 14 anos de idade, seus pais o matricularam em uma escola. Mas por acreditarem que a educação não estava à altura, tiraram Salvador Dalí do colégio onde estava e o colocaram no Colégio Hispano-Francês da Imaculada Conceição na cidade de Figueres, na Espanha.
Foi lá que Salvador Dalí teve seu primeiro contato com o movimento impressionista, que influenciou seu trabalho. O pintor fez muitas amizades com famílias de artistas e começou a se interessar cada vez mais em ingressar neste mundo.
E foi então que em 1919 com todo o apoio da família, Salvador Dalí fez sua primeira exposição com apenas 16 anos de idade. Ela ocorreu no Teatro Municipal de Figueres, que quarenta anos depois, recebeu o nome de Salvador Dalí em homenagem ao artista, reunindo grande parte do seu trabalho. Devido ao seu talento, o pai não apenas o apoiou, como também quis que o garoto fosse estudar na escola de Belas Artes para se especializar como pintor.
E então, dois anos depois, quando o artista completou 18 anos, Salvador Dalí entrou na academia de artes. Já naquela época, o pintor havia começado a deixar o bigode crescer, uma característica marcante de Dalí. Mesmo quem não conhece muito sobre o artista, o reconhece simplesmente pelo bigode contorcido.
Os anos de estudo e as obras de Salvador Dalí
Salvador Dalí era um pintor excêntrico. Estudou diferentes movimentos artísticos, desde os mais clássicos aos mais contemporâneos para a época, inclusive o cubismo, que estava no início. Dalí morou na residência de estudantes, e fez muitas amizades que levou para a vida, como Garcia Lorca, Pedro Garfias e outros artistas.
No entanto, sua estadia não durou muito tempo. Dalí foi expulso da academia de arte por um ano, pois foi acusado de ser o líder de alguns protestos estudantis. E mais tarde, também foi expulso da escola de Belas Artes de Madrid, pois alegava que o tribunal que examinava as artes não era competente o suficiente.
Em 1929 o artista já havia completado 25 anos e decidiu não seguir a vida acadêmica. A partir deste momento, se dedicou de forma autônoma ao mundo da arte. Se mudou para Paris, que na época era um centro artístico muito importante na Europa, e foi lá que conheceu e fez amizade com Pablo Picasso, que exerceu grande influência nas obras de Salvador Dalí.
Foi nessa época que Salvador Dalí entrou em contato com um grupo de outros pintores surrealistas liderados por André Breton, e foi a partir daí que se tornou um membro oficial do movimento surrealista. Um ponto interessante é que o grupo de artistas era antirracionalista, e pregavam pela arte além da consciência cotidiana, expressando nos quadros, por exemplo, os sonhos. Foi em 1931 que Dalí terminou um de seus quadros mais famosos, denominado “A persistência da memória”. Você provavelmente conhece este quadro. Trata-se da imagem onde há relógios derretendo.
A década de ouro de Salvador Dalí
O artista criou um círculo de amizades com muitos escritores, cineastas, artistas e pintores. E foi na década de 1930 que Salvador Dalí viveu seus anos de ouro. Foi uma época em que expôs as diversas obras em galerias francesas, e vendeu muitos quadros por valores exorbitantes. Algumas de suas principais obras são “O sono”, “Metamorfose de Narciso” e “Enigma sem fim”.
Em 1929, Salvador Dalí recebeu alguns amigos em sua casa de verão na cidade de Cadaqués, na Espanha. Entre os visitantes, estava Helena Ivanovna Diakonova, uma imigrante russa, casada com o poeta francês Paul Éluard. Acontece que Dalí e Helena se apaixonaram e nunca mais se separaram, e cinco anos depois se casaram, vivendo juntos por 53 anos. Helena foi sua musa inspiradora, parceira de vida e gestora das artes de Salvador Dalí.
O que poucas pessoas conhecem sobre o artista é que além de pintor, ele também era escritor, roteirista de cinema, escultor e designer de moda e jóias. Em 1940, as tropas nazistas invadiram a França, e foi neste ano que Dalí e Helena se mudaram para os Estados Unidos. Neste momento, Salvador Dalí começou a trabalhar como designer de jóias, desenvolveu algumas peças de roupas, além de ter trabalhado em ilustrações de revistas, livros e até mesmo em filmes com o Walt Disney.
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