Sebastião Salgado.

Vida e obra de Sebastião Salgado, um dos fotógrafos mais influentes do mundo

Nascido em Minas Gerais em 1944, Sebastião Salgado é formado em economia e conhecido como um dos fotógrafos mais influentes no mundo.


Mas quem é Sebastião Salgado? Nascido em 1944 em Minas Gerais, na cidade de Aimoré, Sebastião Salgado se tornou um dos fotógrafos mais importantes do mundo devido ao conteúdo dos seus trabalhos.

Ele passou a maior parte da infância e juventude em Vitória, capital do Espírito Santo, e inclusive foi onde se formou em Economia em 1967, na Universidade do Espírito Santo.

Um ano depois, concluiu seu mestrado na USP, e no mesmo ano se casou com Lélia Deluiz Wanick. Assim, em 1969, o casal se mudou para Paris, e foi lá que Sebastião Salgado concluiu seu doutorado.

Dois anos depois, em 1971, Sebastião trabalhou no cargo de secretário da Organização Internacional do Café, na Inglaterra. Mas esse trabalho durou apenas dois anos. Durante esse período, precisou fazer uma viagem à África, e ao conhecer Angola, se apaixonou pelas paisagens e começou a fotografar como hobby.

A carreira de Sebastião Salgado como fotógrafo

Sebastião Salgado.

Sua carreira como fotógrafo começou no ano de 1974, quando trabalhou como freelancer para duas agências de fotografia, a Gamma e a Sygma. Na fotografia, Sebastião encontrou uma forma de denunciar ao mundo a desigualdade social e econômica de muitos países ao redor do mundo.

E seguindo por este caminho, com seu estilo de fotografias em preto e branco, se tornou um dos maiores fotógrafos do mundo. Desde o início da sua carreira, buscou retratar aqueles que estão às margens da sociedade.

Os primeiros trabalhos foram feitos como freelancer nas agências mencionadas, e suas primeiras obras retratam o clima seco do Níger, na África. Após esse curto período como freelancer em duas agências, viajou mais de 20 países para dar sequência ao seu trabalho.

Em 1986, Sebastião Salgado lançou em seu primeiro livro a obra “Sahel: O Homem em Pânico”, que foi publicada nesse mesmo ano. A obra foi resultado de uma parceria com o programa Médicos sem Fronteiras, que nasceu em 1971. Esse trabalho levou 15 meses para ser concluído.

Essa obra retrata principalmente os longos períodos de seca nos países onde o clima é mais severo na África. Então, de 1993 a 1999, passou a se dedicar à sua nova obra “Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo”, que também ficou famosa no mundo inteiro.

Durante sua carreira, publicou mais de 10 obras, expôs centenas de coleções e conquistou prêmios importantes dentro desse campo.

A contribuição de Sebastião Salgado para a fotografia

Sebastião Salgado.

“Nada no mundo é em branco e preto. Mas o fato de eu transformar toda essa gama de cores em gamas de cinza me permitiam fazer uma abstração total da cor e me concentrar no ponto de interesse que eu tenho na fotografia. A partir desse momento, eu comecei a ver as coisas realmente em branco e preto” – Sebastião Salgado.

Sebastião contribuiu com um valor inestimável para o mundo da arte e fotografia. Em 2015, lançou seu trabalho “Genesis”, em que passou mais de 8 anos viajando pelo mundo, nos lugares mais remotos e inóspitos, para mostrar que, apesar de a natureza estar sendo ameaçada pelos impactos ambientais, ainda há regiões em progresso. Algumas de suas fotos foram tiradas em locais como as águas geladas do mar na Patagônia e florestas intocadas de vários países, inclusive algumas regiões no próprio Brasil.

Daí o nome Genesis, que significa criação, geração ou nascimento (totalmente de acordo com a temática de suas fotos).

Sebastião Salgado é o tipo de fotógrafo que supera expectativas e vai além do que podemos imaginar. Consegue levar as pessoas aos locais mais remotos do planeta, que sequer imaginariam que eles existem. Consegue apresentar personagens, pessoas e animais dos quais as pessoas nunca ouviram falar.

“Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece. Espero que a pessoa que entrar numa exposição minha não saia a mesma.” – Sebastião Salgado.

Por que fotos em preto e branco se existe tecnologia para colorir uma imagem com milhões de cores?

Sebastião Salgado.

Você já reparou como algumas fotos em preto e branco transmitem sentimentos que as mesmas fotos coloridas não transmitem? Isso se deve à forma como o nosso cérebro interpreta a imagem.

Muitos fotógrafos usam o preto e branco simplesmente por estética, mas não é o caso de Sebastião Salgado. Quando vemos uma foto em cores, nosso cérebro, de forma automática, envia comandos para que possamos interpretar aquela grande paleta de tonalidades de amarelo, vermelho, azul, verde, roxo, etc.

E isso faz com que, de forma inconsciente, percamos a concentração. Você pode pensar que está vendo a imagem como um todo, mas o foco não está direcionado no que está sendo de fato retratado na imagem.

Em sua obra, Sebastião gostaria que as pessoas percebessem a situação precária em que muitas pessoas vivem, e para isso, não poderia usar cores, para que as pessoas não se distraíssem com elas. Ausência de cores em uma foto significa, na verdade, ausência de informações. E com essa ausência de informações, o foco de quem está observando se amplia e passamos a enxergar a imagem de fato como ela é e a mensagem que ela quer passar.

Você gostou de conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de Sebastião Salgado? Aproveite para conhecer as opções de quadros decorativos em preto e branco da Boemi!

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